segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

  o que te desespera minha bela
  consciência dessa noite nua
  o que tiras? Vozes inconclusões
  nódoas de dúvidas da camisa
  espreitando palavras que tentas
  decifrar enquanto sozinha de música e de
  vida repetes até a exaustão a fabulação
  de teus dias

  o que pretendes minha única
  saída quando mergulhas pelo verbo buscando
  ávidas combustões tortuosas
  portas por onde entrar pelo humano
  vão adentro acossada pelos mares
  irrecuperáveis da angústia

  o que queres minha fera
  particular com teu luto de festa
  agarrando frestas enfrentando
  bestas escondidas tentando
  alcançar a minha bela
  com tuas garras lixadas e polidas?

Um comentário:

Elisabeth Teixeira disse...

Oi Ângela,

Finalmente visitando seu blog!
Parabéns! Poesia na veia!
bjs, Beth