pra Rose
sobra levemente sobre meus lábios
um sopro fino o outro lado
a esperança que às vezes pega um
ônibus e não sabe para onde ir e
eu a acompanho a aconselho a esperar
por melhores dias que não fique assim
tão sem atalhos o cotidiano é recolher pássaros pelos
lados e seus cantos de viver mas a esperança
não se deixa convencer e eu ralo escoo meus momentos
para tomá-la novamente pelo braço e conduzi-la
minha velha comadre que seria de nós sem
nós mesmas (não quero falar como homem) mas
é inevitável esse convívio com o árduo o indefensável
que anda tão aparentemente cíclico pairando
sobre nossas cabeças
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